D. Maria Amélia da Silva veio, com sua família, ao Carmelo da Sagrada Família agradecer por sua vida, conservada pela intercessão de Mãezinha. Trazemos o relato do Dr. William de Freitas Clemente, que visitou a agraciada.
“Rogério, filho da senhora Maria Amélia, contou-me que no dia 03/12/2017, estava sua mãe no banco da frente, na posição de carona, em um veículo Fiat Uno, na estrada de terra que liga o Bairro dos Bentos, onde moram, à cidade de Bom Repouso, junto com o seu genro, sua filha Regiane e dois netos, todos sem cinto de segurança. Avistaram no alto do morro um Ford Focus que vinha descendo em alta velocidade, cujo motorista, ao fazer a curva, perdeu o controle do veículo, vindo então em ziguezague, e o genro de Maria Amélia, que vinha subindo, não tendo para onde retirar o seu veículo, sofreu colisão frontal. Seu carro foi arremessado para uma vala de escoamento de água, permanecendo com a lateral, onde ela se encontrava, imersa na água que vinha descendo, por causa da chuva, e as rodas para o alto. Ela fora arremessada contra o painel do veículo, causando grande deformação desta estrutura do veículo, e seu corpo foi jogado para a parte dos pés do carona e lateral da porta. Seu filho relata que a água que entrava no carro batia contra o rosto ferido da mãe.
Assim que ela foi retirada do interior do veículo, os primeiros socorristas constataram a gravidade das lesões, com um profundo corte na região maxilar, que dividiu o rosto dela em sentido horizontal, causando fratura de múltiplos ossos faciais. Devido ao seu estado de inconsciência e pelo volume de sangue que estava em sua via aérea, mais os fragmentos da prótese dentária, em alguns instantes poderia evoluir a óbito, se não tivessem feito a remoção mecânica de todo o conteúdo que estava em sua via aérea e boca. Maria Amélia foi removida para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, de Pouso Alegre. Em tomografia computadorizada feita em 03/12/2017, na urgência, viu-se “HSA discreta em região frontal bilateral, fraturas múltiplas de ossos da face, cisternas da base abertas, índice de Marshal II. Sem lesões em coluna cervical.” Após os primeiros atendimentos, foi direcionada à UTI, estando ela já muito grave, com escala de Coma de Glasgow de valor 6 e saturação de 82%. Houve impossibilidade de intubação orotraqueal no pronto-socorro devido a múltiplas fraturas, sangramento abundante, possível lesão de laringe, e agitação motora, fatos que levaram à necessidade de realizar a cricotireoidostomia.
Maria Amélia ficou na UTI por 19 dias. No dia 09/12, a situação se tornou extremamente grave pois ela sofreu redução do escore de Glasgow para o nível 3, que é o menor da escala. Ou seja: não havia mais resposta motora, ocular ou verbal. Não respondia a estímulo algum, inclusive doloroso. Piora laboratorial e aumento da drenagem da ferida do rosto, com secreção abundante e purulenta. Considero, como médico clínico geral, mesmo sem ter atendido a paciente, que nesta altura da internação, diante de tudo o que aconteceu antes, e pela idade da paciente (70 anos), não haveria chances de melhora, exceto por milagre. Estava a paciente sem sedação há mais de 72 horas, sem apresentar nível de consciência, muito pelo contrário, o que se vê é grande piora.
Uma sobrinha de Maria Amélia, levou-lhe uma relíquia da Serva de Deus. Toda a família alega que a partir daí, confiaram inteiramente na sua intercessão, e afirmam que exatamente no momento em que ela foi deposta sobre o peito da paciente, esta esboçou reação com os braços, apresentou alteração na face, enfim, se movimentou, coisa que não fazia mesmo após muitos dias da retirada da sedação.
Foi removida para o quarto. Porém, por volta do dia 20 de dezembro, a paciente começou a ficar muito mal por causa de uma febre que não se conseguia cessar com medicação. Isso lhes causou uma tristeza muito grande e Rogério desceu do quarto para a Capela do Hospital e, entre muitas lágrimas, implorava a Jesus pela cura de sua mãe. Ali ele foi acolhido por Cecília do Rosário da Luz, Ministra Extraordinária da Comunhão Eucarística, que lhe sugeriu pedir intercessão da Mãezinha. Ele lhe contou que a família já tinha alcançado uma graça de sua mãe não falecer por intercessão da Mãezinha, mas que a situação tinha se agravado. Ela o exortou a não perder a fé, pois a Mãezinha não permitiria que sua mãe viesse a falecer, visto que já havia intercedido no caso. Subiram juntos para o quarto. Cecília e todos rezaram pedindo mais uma vez a intercessão de Mãezinha. Rogério afirma: “Naquele momento a febre de minha mãe foi embora, a infecção começou a melhorar, e ela esboçou nova reação”. Dias depois, percebe-se em seu prontuário, nas anotações clínicas do dia 29 de dezembro, que ela não tinha resposta alguma e, sem explicação detalhada, no outro dia, 30 de dezembro, começou a dialogar.
No decorrer da internação, os pedidos e os agradecimentos à Mãezinha aumentaram. Até que no dia 04 de janeiro de 2018 ela recebeu alta hospitalar. Seus filhos dizem que a equipe médica e multiprofissional afirmou ser necessário entrar em contato com a Prefeitura de Bom Repouso, onde ela reside, para obtenção de auxílios profissionais, pois a paciente, após a alta, permaneceria “em estado vegetativo”, não iria andar, não seria capaz de se cuidar, não mais teria bom nível de consciência.
A família já estava profundamente grata à Mãezinha, mesmo que a senhora Maria Amélia não obtivesse mais algum grau de melhora.
Logo após chegarem em Bom Repouso, seu filho Rogério começou a providenciar os encaminhamentos que a equipe médica havia dado à sua mãe. Porém, para a surpresa de todos, nos primeiros dias ela já estava muito bem, ainda não andava, mas comia normalmente, conversava e se lembrava do que havia acontecido.
Sua filha Regiane sofrera, no acidente, uma fratura muito grave na perna, estando ainda hoje em reabilitação. Ela contou que quando todos estavam no Hospital em Pouso Alegre, no primeiro ou segundo dia, sua mãe estava “entre a vida e a morte”. Ela também estava grave, pois a fratura havia sido muito extensa, e não era possível uma cirurgia de imediato. Estando internada na Ortopedia do Hospital, queria muito ver sua mãe, que estava na UTI. Porém, fora proibida de se ausentar da enfermaria ortopédica. Ela não desistiu, e pediu para entrar em contato com a enfermeira chefe da UTI. Esta, ao saber do que se tratava, obteve a permissão de saída da paciente para ver sua mãe, pois “corria o risco de ser a última vez que a veria com vida”. E tal foi feito; saiu da enfermaria, visitou sua mãe, e retornou ao local onde estava internada, muito triste por ver que “o estado de sua mãe era de óbito” (frase que ouviu do médico responsável pela UTI).
Quando já haviam retornado para casa, e a vida seguia, chegou aviso de que sua mãe passaria por procedimento cirúrgico com a equipe de cirurgia facial do Hospital das Clínicas Samuel Libânio. Regiane conta que no dia que sua mãe estava se preparando para sair, ela se despediu, e foi para dentro da sua casa chorando muito, por ver sua mãe voltar para o Hospital. “Chorei muito, pois tive medo de minha mãe morrer na cirurgia! Pensei: minha mãe não morreu do acidente, mas agora vai morrer da cirurgia!” Neste momento, seu filho pequeno estava brincando no quintal. Ao ver a mãe entrar chorando, foi até onde ela estava, estendeu seus bracinhos e mostrou-lhe uma pequena relíquia da Mãezinha – que até hoje ninguém sabe de onde o garotinho a tirou, visto que a sua estava dentro de uma Bíblia, guardada no quarto – e disse: “Mamãe, esta santinha vai curar a vovó! Não chora!”
De fato, a senhora Maria Amélia goza atualmente de perfeita saúde! Do acidente ficou apenas a cicatriz do corte em seu rosto!
É muito bonito ver que além da graça em si, a intercessão da Mãezinha trouxe todos eles para Deus, aumentou-lhes a fé, sinalizou a ação de Deus para toda uma comunidade, que já é extremamente religiosa, e que agora é gratíssima à Mãezinha!
William de Freitas Clemente