Eu tive problemas em três gestações anteriores. A primeira foi há 7 anos; a gestação foi até ao quarto mês, quando a criança faleceu; os exames não diagnosticaram o problema. Na segunda gestação, tive problemas de novo, assim como na terceira vez, quando a criança faleceu com 3 meses. A partir daí, minha mãe fez um pedido à Mãezinha e todas as vezes que ela passava na porta do Carmelo, falava: “Mãezinha do Carmelo, não deixa minha filha com os braços vazios. Dê-lhe uma filhinha(o) para ela”.
E ela deu! E era o meu maior sonho! Em setembro de 2013, eu descobri que estava grávida. Meu médico falou disse: “Gisele, vamos fazer os exames de novo para ver o que pode ser”. Eu fiz os exames e um deles acusou uma alteração que nós jamais imaginávamos: uma possível “síndrome de antifosfolipídica”. O médico explicou-me que é uma síndrome rara, de difícil de tratamento e que muita coisa poderia acontecer.
Minha mãe continuou recorrendo à Mãezinha com muita fé e confiança.
O médico resolveu “arriscar o tratamento” que seria com o medicamento “Clexane”, um anticoagulante: uma injeção aplicada na barriga, diariamente, durante os nove meses. Começamos o tratamento, e precisei tomar também o AAS infantil.
Os primeiros ultrassons acusaram a chamada “placenta prévia”: é uma placenta mais abaixo que o normal, e que produz hemorragia, agravada com outros problemas por causa do anticoagulante que eu tomava.
Com muita oração a placenta subiu, estabilizou-se, e eu não tive nenhum sangramento. A cesárea estava marcada para 13 de junho de 2014.
Em abril desse ano, o médico me preveniu que talvez a cesárea tivesse que ser antecipada, provavelmente entre 15 e 20 de maio. Ele disse que faria o último ultrassom em abril. Este acusou perda de líquido. Minha mãe recorreu de novo à Mãezinha.
No dia 28 de abril fiz outro ultrassom, devido à perda de líquido. O médico prescreveu-me repouso até a quarta feira, dia 30, e um medicamento – 4 ampolas – para amadurecer o pulmãozinho da minha filha, pois era possível que ela nascesse prematura. E no dia 30, ele faria ultrassom, novamente. Este acusou que a perda de líquido continuava. Era mais ou menos 15h. O médico disse-me: “Às 17h começará sua cesárea. Olhe, Gisele, pode ser que a bebê nem chore; pode ser que você nem possa vê-la, pois ela vai direto para a UTI.”.
O bebê estava com 34 semanas. Desta forma, no dia 30 de abril, às 17h40, veio esse presentinho dado por Deus, pedido à Mãezinha: Maria Rita. Eu rezei o tempo todo da cesárea. E nasce a Maria Rita, chorando! Eu falei: “Olhem a graça de Deus!” E até o pediatra, chorando, com ela nos braços, falou-me: “Não posso levá-la sem lhe mostrar: ela é linda!” Mostrou-me Maria Rita e saiu correndo com ela para a UTI. Formou-se uma equipe completa, devido aos riscos que tanto eu quanto ela corríamos: eu poderia ter uma hemorragia, porque estava tomando anticoagulantes. Mas tudo foi tudo muito rápido na cesárea, e não aconteceu nada; nem sangue eu precisei tomar. Maria Rita foi para o oxigênio, mas não precisou ser entubada. Foi só melhorando! Ficou somente 6 horas com o cepapa no nariz, para o oxigênio, e passaram-lhe uma sondinha que ela mesma retirou.
Era previsto que Maria Rita ficasse na UTI 15 dias. Minha mãe recorreu à Mãezinha, novamente, e ela ficou somente 5 dias, sem oxigênio, sem sonda, mantendo-se muito bem. Quando teve alta para o quarto, o médico alertou: “Ela vai para o quarto, mas vai depender de sua adaptação para poder ir embora”.
Maria Rita teve alta da UTI, num domingo, às 17h. Passou a noite comigo, no quarto, e no outro dia, às 9h da manhã, ela teve alta.
Passamos com ela no Carmelo, pois minha mãe falou que o primeiro lugar aonde ela iria seria na capela mortuária da Mãezinha.
Depois de um tempo, ela teve bronquite. Seria necessária internação, mas minha mãe pediu novamente à Mãezinha, para que não deixasse isso acontecer, pois já havia nos dado a graça de termos Maria Rita. E não precisou internar! O problema foi controlado somente com o medicamento. Hoje ela está em perfeita saúde!
Gisele Aparecida Silva Guimarães