Graça que recebeu de Deus através da intervenção da Mãezinha

Graça que recebeu de Deus através da intervenção da Mãezinha

Minha filha, Daniela Loyola Vianna de Andrade Paiva, fisioterapeuta neuropediatra, desde que nasceu, tem sua vida sob a proteção das orações e dos sacrifícios das irmãs carmelitas. Certa vez, a Irmã Teresa Maria lhe pediu para examinar uma das monjas, e a partir daí, ela criou  uma rede de apoio entre suas colegas de  profissão para auxiliarem as irmãs, o que antecipou sua indescritível gratidão pelo milagre que anos mais tarde, Madre Maria Imaculada da Santíssima Trindade obteria de Deus para salvar sua vida e a de seu filho Diogo.                                   

Diagnosticada com diabete gestacional que aos poucos foi controlada com insulina e regime alimentar, Daniela teve uma gravidez desafiadora, sobretudo pela constante retenção de líquido que a deixava inchada. Os resultados dos exames recentes afastavam quaisquer suspeitas de eclampsia ou outras complicações que colocasse em risco a gestação de 34 semanas. Ela e sua família se preparavam para um passeio (do qual seria impossível que tanto a mãe quanto o bebê retornassem vivos), quando, ao anoitecer do dia 24/09/2019, Daniela foi internada no hospital, sentindo fortes dores lombares. Seu médico passou a maior parte da noite controlando as dores e realizando exames em busca de um diagnóstico, que só veio quando foi realizado uma tomografia computadorizada.

Neste exame, a médica ficou muito tensa, pois segundo ela, havia um líquido no fígado. De volta para o quarto, Daniela me pediu para auxiliá-la, pois queria tomar um banho. Chorou muito e suplicou a Deus que cuidasse dela e do bebê naquele momento, e pediu-me: “Mãe, liga no Carmelo e peça para as Irmãs rezarem, pois estou com muito medo; preciso da intervenção da Mãezinha do Carmelo”.  Logo após isso, o obstetra entrou no quarto um tanto quanto apavorado e falou: “Nós vamos agora para o centro cirúrgico, teremos que fazer uma cesárea de emergência”. Aquilo foi a concretização do maior pesadelo de Daniela: seu filho iria nascer antes da hora e passaria por tudo que sempre presenciara com seus pacientes.

Ela desceu para o centro cirúrgico, e ao atravessar a porta, sentiu um desespero muito grande e uma sensação de vazio, medo e angústia; começou a chorar sem parar. Mas quando a posicionaram na mesa cirúrgica, sentiu uma paz muito grande, incomum para o momento. Todo aquele medo foi embora; sentiu-se protegida pelo manto de Nossa Senhora e por Mãezinha; abandonou-se nos braços do Pai e falou: “Seja feita vossa vontade!”

Entre 250 mil gestantes, apenas uma, corre o risco de ter Síndrome de Hellp.  Tratava-se de uma situação rara que complica as gestações muito gravemente, com uma incidência de óbito materno e fetal acima de 75% dos casos. E no caso da Daniela, com repercussão aguda sobre o fígado, provocando um grande hematoma supracapsular cobrindo 80% do seu fígado, e que estava prestes a romper, evento que seria fatal naquele momento.

Diogo nasceu com 2,33 kg, e teve que ser entubado. Após alguns dias, Daniela pôde finalmente amamentar seu filho, e como Deus nunca concede um milagre pela metade, meu leite desceu de maneira abundante, sendo assim tudo que ele precisava para ficar ainda mais forte e sair da UTI. Ficou internado 9 dias na UTI neonatal e 2 dias no quarto, e Daniela 4 dias na UTI e depois mais quatro dias no quarto; ficou dois dias em casa e voltou para cuidar do Diogo no quarto, mas desta vez não mais como paciente.

Após 3 meses do nascimento do Diogo, Daniela está praticamente livre do hematoma do fígado. O médico que fez a cirurgia afirma ser inexplicável à Medicina o fato de o hematoma não ter se rompido, o que seria fatal, dado o volume de sangue que continha. Daniela se sente tão bem que mal consegue lembrar o quanto esteve mal, e diariamente se reabastece da graça que recebeu de Deus através da intervenção da Mãezinha, quando olha para seu filho e recebe um sorriso, que mais parece de um anjo, seu anjo, seu milagre! 

Waléria Loyola